- Era preciso botes, coletes e coragem
Lúcia trabalhava numa pequena
empresa como tesoureira.
Tinha mesa, cadeira
e um pote de lapiseiras.
Suas férias venceram
no mês de março,
e tudo que queria era
um lugar sem mormaço.
Preferiu as palmeiras
e o frescor do vento.
A areia vinha junto
para seu aborrecimento.
Numa noite entre as ondas
viu um brilho no horizonte
Era um homem?Um rapaz?
estaria a se afogar?
Colocou um pé na água
achou gelada demais.
Azar seria o dele
se não soubesse nadar
Pensando no fim do pobre
passou o resto dos dias.
Esperava seu regresso
em meio a calmaria.
Agora que o mar era
bom até para pescaria
quem sabe não o fisgavam
e davam fim a essa agonia.
As férias acabaram
e se despediu do mar
sem nunca ter certeza
do que viera a avistar.
Lúcia saberia
de agora
para todo o resto
de sua vida:
Das ondas do mar
nada pode se esperar
Elas trazem e levam
é preciso ter coragem e buscar.
(Mesmo com a água gelada
sem bote ou colete salva vidas.
Porque no final todo mundo se afoga
é questão de quando, hora e dia.)
Comentários
Boa tarde, "_"
beeeijo!
como seu comentário-maré no meu empório.
e um pouco de mistério também - ainda não sei quem é você.
http://blogdanielice.blogspot.com.br