- entregue-se

(...) E se nesse tempo aprendi alguma coisa é que para se ter sucesso você tem que se entregar. E não importa para o que seja. Até para se manter no mesmo lugar nós temos que andar. Fazer o quê, não é o Sol que gira em torno da Terra.

É tudo questão de cair e recomeçar. Como naquelas gincanas de domingo onde temos que escolher um quadrado para pisar. A gente não sabe o que vai ter ali quando pisamos, por isso todo o cuidado parece pouco, mas nós temos esperança, e é tudo que nos é concedido, e pode ser suficiente. Porque ás vezes, nós só precisamos acreditar. Descrença no mundo nunca levou ninguém a algum lugar.

Se o isopor quebrar. Se o Celso Portiolli mandar voltar e recomeçar tudo de novo, tudo bem. Agora a gente já sabe onde não pisar. E ás vezes pode parecer que não mas no fundo nada do que fazemos é em vão. Todo mundo vai se sentir um pouco como o Jamal de Quem quer ser um milionário no decorrer da vida. Confia em mim.

Nós temos que acreditar mais em nós, mas antes disso jurar que pelo menos com nós mesmos seremos sinceros. Se você não pode ser verdadeiro com você mesmo, olha, a causa está perdida. Ninguém precisa saber das suas verdades. Mas você, você tem. Se ficarmos com medo de dar os passos, das escolhas, da onde elas podem nos levar, voltemos ao começo e lembremos que só o fato dos dias não voltarem e serem irremediavelmente perdidos diante da sua concessão ou não já é motivo suficiente para continuar indo, seja lá para que lugar.

Mas tem que se entregar. Porque você não sabe, mas esse lugar em que você encontra parado a tanto tempo tem limite de peso e essas frustrações que se acumulam sobre seus ombros só contribuem para o aumento no número da balança. É, conseguimos coisas até quando não andamos. A diferença é que quando o fazemos temos o beneficio da dúvida. Quando ficamos parados nos atemos a apenas uma realidade que quase sempre é decepcionante.

Se precisar voltaremos do começo. Até lá, apreciaremos uma nova paisagem enquanto estivermos andando. E é isso que faz tudo valer a pena. Eu escolho a montanha e a praia, o vermelho e todas as outras cores do arco-íris. Todos os tipos de chocolate. Escolho todos que é para poder experimentar e depois ter certeza que não gosto e não fazer como uma criança que nunca experimentou cenoura.

Entregue-se. E faça-o com mais condescendência quando tiver certeza que isso terá lhe válido uma canção ou duas estrofes de um poema e lembre-se que algumas coisas nós só descobrimos quando já estamos na metade do caminho.

Maio não poderia passar em branco, já que blogs são as melhores cápsulas do tempo. Comentários bloqueados temporariamente.

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