- a previsão do (nosso) tempo

You Are Goodbye - Holly Conlan

Realize - Colbie Caillat

Liguei o rádio e a nossa música tocou. Fui ler, você entrou no meio do livro e encarnou o mocinho. Então resolvi estudar, mas em meio a tanto triangulo e equação eu só lembrava da nossa bagunça.

Resolvi pedir ordem de restrição pensando que o oceano atlântico poderia bastar. Desisti. Do que adianta te ter do outro lado do mundo se minha cabeça e meu coração vão junto?

Dessa vez eu tomei cuidado. Tentei não meter os pés pelas mãos, nem passar em frente a televisão. Dessa vez nem precisou pedir para ficar, me senti em casa, sentei no sofá e me convidei para o jantar.

Porque amor para mim, quando tem a chance de dar certo, eu fujo. De alguma forma esquisita, corro do que eu sempre quis, ou do que até aquele minuto achava que queria. Quando não tem?Ah, aí é diferente, começo a planejar todo o futuro lindo que provavelmente não teremos, de como envelheceremos e cuidaremos dos netos que eu nunca quis. Cazuza estava muito certo quando escreveu que tudo que faz bem para a gente nos dá medo.

E quando digo num dia que gosto de você e no outro desminto, é que eu tô tentando me proteger, na verdade gosto ainda mais, é só que sabe, não tenho super poder nem nada parecido, e me dá um frio na barriga de pensar que nem é reciproco. É que de alguma forma eu tenho medo de me acostumar a você (mas faz um tempo que eu escrevi isso, e sinto me informar que já estou acostumada, incluido na minha rotina).

E agora eu tenho que ir porque de uma forma estranha, eu sei que é melhor para gente, não gosto do estrago em lembranças bonitas e a meteorologista só anuncia furacões, não importa o caminho, o abrigo. Não dá mais para remarcar o voo. Eu estou indo com a maior vontade de ficar, mas sabendo que você não vai tentar chegar no aeroporto para impedir.

Eu estou indo que é para não ter mais que brigar de verdade, para não perder mais o sono, não ter que ouvir um disco de verdades riscado que toca aqui dentro, também para  não estragar sua figura no meus sonhos. Para não ser mais um a virar sapo.

Estou indo para ver se saio da sua vida e você faz o mesmo. Para sentir saudade do teu abraço quentinho, do teu sorriso que tinha um efeito melhor que chocolate, que fazia o sol aparecer sem uma nuvem no céu e das suas provocações que me faziam rir pelo resto do dia, logo de uma vez. Eu sei que vou sentir falta de uma parte de mim porque algum pedaço sempre fica, não dá para levar tudo na mala, mas esperar que o mundo gire ao meu favor não está funcionando. Ele faz o que tem que fazer. O mundo não liga para o amor, só eu.

Já que entrei no assunto, liga para mim um dia desses mesmo não tendo o número. Mas liga para dizer só o contrário. Liga para dizer que eu estava errada, que tudo não passou de engano. Liga para dizer que foi covarde, que eu não fui louca. Liga para dizer que quer um nós, e que tá desatando todos eles da nossa história. Liga, mesmo que seja a cobrar.
Não prometo mais nada, eu já perdi o crédito comigo. 

Comentários

Renata disse…
É, all we ever do is say goodbye.
Manu Sampaio disse…
É bem assim, também passo por isso, quando vejo que pode dar certo, fujo por medo.

Beijos, Garota de All Star
Natalia Francis disse…
Planejar, planejar e quando tiver preste a acontecer, fugir por medo. Sei como é. "O mundo não liga para o amor, só eu."

Eu estudo na Universidade Cruzeiro do Sul, não é tão renomada, mas até gosto de lá. Você pretende cursar jornalismo mesmo?
Perfeito! Me vi ali e muito. Parabens adoro aqui. Bjs
Perfeitoo. Eu sou assim muito. E as x acho qe so estranha por causa disso. Tipo de amar e as pessoas me deixaram.. Adoro aqui Patabens pelo blog
Perfeito! Me vi ali e muito. Parabens adoro aqui. Bjs
Luís Monteiro disse…
Na verdade quando sinto que vai dá certo, faço o contrario, permaneço. Ou seja, não sou eu quem vai embora. É a outra parte. Meio doido isso, sabe? "-"
Bjws moça, lindo post.
Henrique Miné disse…
esse é o triste dos relacionamentos, eles acabam, mas, no fundo, todos merecem durar pra sempre ):

beeeeijo.
Ana Carolina disse…
Apesar de o post ser de um mês atrás, li ele só agora e uma frase foi feita justamente para o meu momento agora:

"de alguma forma esquisita, corro do que eu sempre quis, ou do que até aquele minuto achava que queria."

Chega até a ser ridículo de tão verdade que é. E eu percebi essa coisa de corrermos do que nos faz bem, mas que temos medo e das mudanças há algum tempinho atrás.

Não costumo deixar comentários aqui, mas dessa vez não deu para deixar passar :). Ah, não conhecia as duas músicas; elas são muito boas, já baixei, até.

Ana Carolina.

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