- equilibrio

Ontem, ao deitar minha cabeça no travesseiro me coloquei a pensar na falta de desequilibrio que há nisso tudo: nos meus sentimentos, nos meus assuntos e até nos pensamentos -uma desordem total! - e comecei a procurar o meu tão desejado ponto de equilíbrio, aqui e na minha vida.

No mesmo dia em que eu quis ir, eu quis voltar. Na mesma hora que quis amar, odiei. E foi ai que eu me perdi, enquanto tentava me encontrar. E agora, nesse exato momento, eu percebo que não preciso procurar em lugar nenhum, que está aqui dentro, só esperando que eu abra a porta para que possa sair.

Já devo ter mencionado que tenho poucos amores e muitas vontades. E é por isso que eu sei que não morrerei de amor, pois são as vontades que estão me matando aos poucos. E acredite, não há pior forma de se morrer do que essa: aos pouquinhos. Mas tem essa vontade, que já tentei ignorar, estraçalhar e lutar com todas as minhas forças; mas que sempre acaba vencendo: escrever.

Quero me render de corpo, alma e coração mas simplesmente não consigo, algo me impede e me puxa antes que eu possa fugir nas asas da minha imaginação, e sinceramente não sei se quero, não sei se posso e consigo mergulhar fundo nisso tudo. Mesmo sabendo que é isso que me satisfaz.

• "Odeio me sentir impotente, e não conseguir domar as palavras e a história que eu própria criei. Odeio não ter o controle das palavras como gostaria, e gosto ainda menos de na maioria do tempo ser controlada por elas."